Os tempos não mudaram...
De Altamira do Paraná até a cidade de Laranjal não tem asfalto. São 34 quilômetros de pedras irregulares, barro, poeira, muitas curvas e trechos íngremes. A estrada é estreita e é preciso tomar cuidado. Para "andar de boa", a média é de 35 quilômetros por hora. Mesmo assim, de vez em quando uma pedra acerta a lataria.
Era final de tarde, o céu estava nublado e as imagens não ficaram lá muito boas. Passar nesse trecho é como voltar no tempo.
Praticamente tudo que se vê por alí é como no tempo dos nosso avós. Não tem soja, nem trigo. Milho só para consumo próprio. São pequenas propriedades de gente simples que planta o que come.
Encontrei um senhor tocando uma boiada. E aí um dos bichos escapa e o negócio é correr atrás. A última vez que eu ví isso foi em 1973.. Detalhe: o sitiante não tinha celular para pedir ajuda.
O relevo é muito acidentado, o que na verdade provoca toda essa beleza, que uma imagem fotográfica não consegue captar.
Encontrei duas crianças com vara de pescar. Não resisti e perguntei: - o rio é perto???. O maior responde: - é naquela baixada lá na frente. Nenhum dos meninos tinha celular. Isso ainda existe..!!!!