15/6/2020 - CASTRO/ CASTROLANDA -

Castro: Foi capital do Paraná e recebeu visita de D. Pedro II



A cidade de Castro está localizada a 373 quilômetros de Campo Mourão. Pela projeção feita em 2019 pelo IBGE, o município tem 71 mil 484 habitantes, figurando na 29ª posição entre os mais populosos do Paraná. O salário médio do trabalhador está entre os 30 melhores do Estado. Em PIB per capita ocupa a posição 88. O território é o terceiro maior. Quase 70 por cento da cidade tem rede de esgoto.




Castro é uma cidade antiga de ruas estreitas, complicada para dirigir na área central. Não é fácil encontrar estacionamento. Se estacionar em diagonal como na foto acima, fica difícil sair, devido ao movimento.




Por causa da abundância das pastagens, Castro tornou-se caminho dos tropeiros que iam do Sul para São Paulo com suas tropas. Visando colonizar as terras, a Coroa Portuguesa doava lotes. O primeiro pedido foi feito pelo capitão-mor Pedro Taques de Almeida em março de 1704. Assim, foi construída a primeira capelinha com o nome de Santa Ana, atual Igreja Matriz.




A localidade foi elevada à condição de vila em 2 de fevereiro de 1789, com o nome de Vila Nova de Castro, em homenagem à ao ministro português Martinho de Melo e Castro. Em 1857, virou cidade com o nome de Castro. Devido a revolução de 1893 a 1894, a cidade se tornou a capital interina do Paraná, por 3 meses. Quem nasce lá é "castrense".




O Morro do Cristo é um dos locais mais altos de Castro. Tem esse nome por causa da estátua do Cristo Redentor. Na área rural várias cachoeiras e corredeiras.




Além dos prédios históricos, Castro tem dois grandes parques municipais. Um de cada lado da cidade. O prato típico é o "Castropeiro", feito de feijão tropeiro temperado, carne bovina e de porco, abóbora, couve com torresmo acompanhado de pão caseiro.




Os parques municípais de Castro "exageram em beleza". Na imagem acima o Parque Lacustre no meio da cidade.




A ponte no Parque Lacustre foi projetada para dar a sensação de balançar quando a gente passa.




O Parque Lacustre está repleto de casais apaixonados. Outros estendem lençóis e fazem piquenique.




Quem quiser também pode fazer seu churrasco no local. Tudo limpo e muito bonito. Os patos nadando no lago serve para dar aquela acalmada.




Parque Lacustre é muito utilizado para caminhadas. Contato direto com a natureza. Se cansar, basta sentar em um dos vários bancos. Não tem sanitários e nem lanchonete. Na rua próxima vários carros de lanche.





O outro parque de Castro, também com ponte, é o Parque do Rio Iapó.




O Parque margeando o rio, também atrai muita gente. Tem espaço para churrasco, brinquedos para as crianças e quadras esportivas. O Rio Iapó, atravessa a cidade de Castro.




O Parque conta com 3 pontes, duas de concreto e uma em ferro. Não é cobrado ingresso para visitar os parques de Castro.




Esse parque é mais adorado pelas crianças por causa dos enfeites em tamanho grande.




Castro conta com uma nova fábrica da Cargill. A empresa faz o processamento de milho para a produção de amidos e adoçantes. O investimento foi de 500 milhões de reais. A cidade tem várias indústrias e médio e grande porte, principalmente de móveis e alimentos como a Vapza e frigorífico Castrolanda (produtos Alegra).




A Igreja Matriz SantaAna, é uma das mais antigas do Brasil. A primeira capela foi construída por escravos em 1704. Passou por diversas outras reformas, sendo que no ano de 1876 foi totalmente concluída, como é hoje.




A Paróquia pertence a Diocese de Ponta Grossa. Apresenta as marcas da arquitetura do tempo do Brasil Colonial e Imperial. Os lustres foram doados por D. Pedro II em visita à cidade de Castro.




Desde 1936, a Paróquia SantAna é administrada pelos padres diocesanos do Clero Secular.




O sino foi doado por D. Pedro II. Ao final da Segunda Guerra Mundial, a população muito feliz, bateu tanto esse sino, que ele rachou e agora encontra-se em exposição no interior da igreja.



Castrolanda: a Holanda dentro de Castro



A seis quilômetros da cidade de Castro (com asfalto), está localizada a comunidade rural de Castrolanda. Trata-se de uma colônia holandesa que começou a ser formada em 1951. Alí fundaram a cooperativa com o mesmo nome, uma das maiores do Brasil.




Tudo começou no final da Segunda Guerra Mundial. Famílias holandesas viviam momentos de incerteza com a falta de terras. Muitas resolveram deixar o País e escolheram o Paraná.




Em uma área de 5 mil hectares, surgiram a Colônia e a Cooperativa. O nome "Castrolanda" é a união do município com o país de origem. O objetivo inicial era a cooperativa de laticínios.




Hoje, além da atividade leiteira, a Cooperativa é uma das maiores do Brasil e atua na área de grãos, principalmente soja, milho e feijão.




Construído em 2001, por um engenheiro vindo da Holanda, Castrolanda tem um dos maiores moinhos de vento do mundo. O nome é "De Immigrant" (O Imigrante). O monumento tem 37 metros de altura do chão até a ponta da pá. Possui duas mós conseguindo produzir até 3.000 quilos de farinha de trigo. Os mecanismos, engrenagens, pinos e encaixes foram feitos quase que totalmente em madeira. O De Immigrant funciona perfeitamente e pode ser visitado por dentro até a cúpula. Além do moinho, a construção abriga salão de eventos, museu, restaurante, biblioteca e loja de artesanato. O restaurante é terceirizado.





Castrolanda, ao pé da letra, é mesmo uma pequena Holanda no Paraná. Por onde você passa, em pouco mais de 20 peqenas ruas, a arquitetura típica holandesa está por todos os lados.




A comunidade segue três pilares básicos: Família, Cooperativa e Religião. As crianças frequentam uma Escola Evangélica, e a religião é praticada na Igreja Evangélica Reformulada.




Na imagem acima uma das residências de Castrolanda. A colônia conta ainda com posto de combustíveis (Shell), agência do Banco do Brasil e Hotel.




Outro espaço que chama a atenção em Castrolanda é o Museu Histórico. Inaugurado em 2016. Mostra as características da região Nordeste da Holanda, de onde a maioria dos imigrantes partiu.




Museu de Castrolanda. É cobrado ingresso para visitar o museu e conhecer o interior do Moinho de Vento.




Museu de Castrolanda. O Centro Cultural é aberto de sexta à domingo e feriados das 13h às 18 horas. Telefones: moinho - 42-3234-1231. Museu - 42-3234-1286.




Museu de Castrolanda. O restaurante é aberto diariamente para almoço (42-3234-1411).




Museu de Castrolanda. Junto ao Centro Cultural também funciona a "Artelanda", espaço que vende artesanato. Aberto de sexta à domingo e feriados das 14h às 18 horas.




Até tratores antigos estão expostos no Museu de Castrolanda.



Castro: Museu do Tropeiro



Em uma das primeiras casas construídas na cidade de Castro, funciona o Museu do Tropeiro. Alí estão quase 3 mil objetos que contam a história dos tropeiros que passaram pela região no século 18. O museu foi inaugurado no dia 21 de janeiro de 1977 e é tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná.




A menos de 100 metros está outro museu denominado de "Casa de Sinhara", que retrata o "ambiente familiar" dos pioneiros de Castro e como eram as residências e até móveis da época. Relacionamos algumas imagens dos dois museus. Uma viagem no tempo...




Sala de estar com destaque para o Gramofone. Tipo de toca-discos criado pelo alemão Emile Berliner e patenteado em 1887.




Uma sala de visitas com duas escarradeiras. Elas eram utilizadas como forma de prevenir a tuberculose. Cuspir na escarradeira era um ato de elegância.




Roca de fiar é uma ferramenta utilizada na fiação manual.




Alguns modelos de ferros de passar, alguns "pentes" e velha máquina de costura.




Sala de jantar.




Artigos de decoração colocados à venda. São réplicas feitas por um artista local.




Utensílios de cozinha.




Utensílios de cozinha.





Rádio Frahm, fabricado nos anos 50.




Quarto de uma criança




Cama de casal de um dos pioneiros de Castro.




Modelito do século 19.




Balanças.




Além das que aparecem na foto acima, o Museu do Tropeiro de Castro, tem no acervo outras moedas do Império.




Quarto de descanso do tropeiro.




Utensílios de cozinha.




Sem farmácia em cada esquina, o certo era recorrer à mãe natureza..




Tipos de rodas utilizadas nos carroções.




O veículo da imagem acima não se encontra em exposição. Está sendo restaurado no fundo do museu. Com autorização fizemos a foto.




Uma das vestimentas utilizadas pelos pioneiros.




Aberto aos finais de semana. Não é cobrado ingresso para visitar os museus de Castro. Ótimo atendimento dos funcionários da prefeitura que repassam informações. Na Casa Sinhara, um pedaço da parede mostra a construção em taipa. Essa parte é coberta por um vidro.




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